Moradia Socas I, Lagoa

O terreno em questão desenvolve-se paralelamente a uma via rápida a sul, o que faz com que seja necessário salvaguardar tanto a privacidade visual como sonora da habitação em relação a esta via de circulação extremamente movimentada. Para reforçar esta intenção, afasta-se a moradia do limite sul da propriedade, limitando a ligação visual de ambas as partes. É ainda proposta uma linha de árvores de médio/grande porte para complementar este conceito.

As características topográficas do terreno também influenciaram na implantação e forma da moradia, na medida em que se procurou “fugir” aos taludes de rocha e zonas de grandes declives, para minimizar a movimentação de terras. Por faltas de plataformas naturais no terreno, e sendo quase inevitável a contenção de terras, sugere-se um embasamento com 1,40 m de altura que promove a continuidade da plataforma natural existente, onde se localizam as áreas sociais exteriores assim como a piscina, que funciona como um espelho de água. Este embasamento permite ao utilizador ter uma vista de 180º sobre o terreno. A nível formal, a proposta parte da formação de três volumes que se articulam entre si, dividindo o programa da moradia, em que o volume intermédio (o átrio de entrada), irá servir de intermediário entre o volume da zona social e o volume da zona privada.